APAGO  

Apago o que quero esquecer,  
apago o que quero apegar.  
Apago o que é de ver,  
apago para desamar.  

Apago para não me perder,  
apago para não ir até lá.  

Apago, para ser somente ser quem sou —  
inteiro, e somente cá!  

Texto e arte: Rubens Baptista
Publicado originalmente na seção Poíesis — Revista de arte, filosofia e cotidiano.

Compartilhe