Invictus

Da noite que me cobre,
Negra como o abismo de um polo ao outro,
Agradeço a quaisquer deuses, que talvez existam,
Por minha alma inconquistável.

Nas garras cruéis da circunstância
Não tremi, nem clamei em voz alta.
Sob os golpes cegos do acaso,
Minha cabeça sangra, mas não se curva.

Além deste lugar de ira e pranto
Ergue-se apenas o Horror da sombra;
E ainda assim, a ameaça dos anos
Encontra e encontrará, em mim, destemor.

Não importa quão estreita a porta,
Nem quão carregado de punições o pergaminho
Eu sou o senhor do meu destino,
Eu sou o capitão da minha alma
.


  • Traduzido por Rubens Baptista, 2025.
  • Baseado no texto original em domínio público (William Ernest Henley, 1875).

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